quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Poetiando um pensamento

se na vida tudo fosse
a foice que mata
a mata
que me esconde
não seria barba
seria um ato divergente


professor é o mundo
aluno um querer ser absurdo


se mato o meu
professor
mato o meu aluno


o que sobra?


quero poder saber
do nada
da antimatéria
do vazio
do caus
ou acaso
dá vida vivida do meu pensar alucinado
que ao se ver alucinatório para mim
para de existir e vira
o nada que não sei dizer
e ninguem que me ouça entenderá
ou lei?
não sei
não sei se escrevo ou penso
mas suspeito que vivo
ah
to com sede melhor para de bobeira


terça-feira, 24 de novembro de 2009

DIVIRTAM-SE! MAS, CUIDADO.

Dentre a lista do filmes mais locados nessa semana está “ANJOS E DEMÔNIOS”, baseado no livro de mesmo título do autor Dan Brown (aquele do “CÓDIGO DA VINCI”).
Acredito que muitos dos que leem esse texto, se não tiveram contato com o livro, tiveram com o filme.
Em relação ao filme, pelo ritmo e pela trama policial, prende-nos a atenção, por isso recomendo que o assistam ... mas, de um jeito diferente.
Deixo logo abaixo o link da primeira e a segunda partes de um documentário produzido por Simon Hartog para o canal 4 da BBC em 1993
com o nome de "BRASIL: BEYOND CITIZEN KANE" (MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE). Esse é um documentário sobre a política de telecomunicações no Brasil, com enfoque especial na história da formação da rede Globo e do poder do empresário Roberto Marinho.
Diferentemente do filme, esse documentário não tem um bom ritmo, mas revela a grande e verdadeira trama responsável por prender-nos a atenção e a capacidade crítica.

Para entender o que quero dizer assista ao documentário e perceba:
- quem financiou a rede Globo no início de suas operações?
- qual era a relação dessa emissora e de seu proprietário, Roberto Marinho, com os militares que comandaram o período de ditadura no Brasil, iniciado em 1964?
- como funciona o sistema de concessão de operação para emissoras de telecomunicação?

Antes ou após, assista “ANJOS E DEMÔNIOS” e se pergunte:
- sendo responsável por informações relevantes ou significativas para um grande número de pessoas, é possível manipular ou conduzir o modo como elas irão se comportar de maneira a se beneficiar disso? (pense no Camerlengo do filme e no Roberto Marinho na rede Globo.)
- como é possível fazer um discurso e ao mesmo tempo ter uma prática contrária? (recorde o discurso cristão, de fé e desapego do Vaticano, e o discurso democrático da rede Globo, comparados com as origens históricas e práticas reais dessas duas instituições.)
- quando são essas instituições, Vaticano e rede Globo, “ANJOS E DEMÔNIOS”?

Divirtam-se, mas não se deixem enganar.

http://www.youtube.com/watch?v=ZgAQWDyWVm8 PARTE 1

http://www.youtube.com/watch?v=T6AaQjCjCGM&feature=related PARTE 2

Rodrigo Mazzo Pelegrini

sábado, 21 de novembro de 2009

As mentiras

 Outubro de 2009


“De Bonner para Homer”


Artigo de Laurindo Lalo Leal Filho


Perplexidade no ar. Um grupo de professores da USP está reunido em torno da mesa onde o apresentador de tevê William Bonner realiza a reunião de pauta matutina do Jornal Nacional, na quarta-feira, 23 de novembro. Alguns custam a acreditar no que vêem e ouvem. A escolha dos principais assuntos a serem transmitidos para milhões de pessoas em todo o Brasil, dali a algumas horas, é feita superficialmente, quase sem discussão.


Os professores estão lá a convite da Rede Globo para conhecer um pouco do funcionamento do Jornal Nacional e algumas das instalações da empresa no Rio de Janeiro. São nove, de diferentes faculdades e foram convidados por terem dado palestras num curso de telejornalismo promovido pela emissora juntamente com a Escola de Comunicações e Artes da USP. Chegaram ao Rio no meio da manhã e do Santos Dumont uma van os levou ao Jardim Botânico.


A conversa com o apresentador, que é também editor-chefe do jornal, começa um pouco antes da reunião de pauta, ainda de pé numa ante-sala bem suprida de doces, salgados, sucos e café. E sua primeira informação viria a se tornar referência para todas as conversas seguintes. Depois de um simpático bom-dia , Bonner informa sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se que ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES, por exemplo. Na redação, foi apelidado de Homer Simpson. Trata-se do simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão em todo o mundo. Pai da família Simpson, Homer adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. É preguiçoso e tem o raciocínio lento.


O editor-chefe considera o obtuso pai dos Simpsons como o espectador padrão do Jornal Nacional. Ele é preguiçoso, burro e passa o tempo no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. Na reunião matinal, é Bonner quem decide o que vai ou não para o ar (Pauta).


A explicação inicial seria mais do que necessária. Daí para a frente o nome mais citado pelo editor-chefe do Jornal Nacional é o do senhor Simpson. Essa o Homer não vai entender , diz Bonner, com convicção, antes de rifar uma reportagem que, segundo ele, o telespectador brasileiro médio não compreenderia.


Mal-estar entre alguns professores. Dada a linha condutora dos trabalhos atender ao Homer , passa-se à reunião para discutir a pauta do dia. Na cabeceira, o editor-chefe; nas laterais, alguns jornalistas responsáveis por determinadas editorias e pela produção do jornal; e na tela instalada numa das paredes, imagens das redações de Nova York, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, com os seus representantes. Outras cidades também suprem o JN de notícias (Pequim, Porto Alegre, Roma), mas elas não entram nessa conversa eletrônica. E, num círculo maior, ainda ao redor da mesa, os professores
convidados. É a teleconferência diária, acompanhada de perto pelos visitantes.


Todos recebem, por escrito, uma breve descrição dos temas oferecidos pelas praças (cidades onde se produzem reportagens para o jornal) que são analisados pelo editor-chefe. Esse resumo é transmitido logo cedo para o Rio e depois, na reunião, cada editor tenta explicar e defender as ofertas, mas eles não vão muito além do que está no papel. Ninguém contraria o chefe.


A primeira reportagem oferecida pela praça de Nova York trata da venda de óleo para calefação a baixo custo feita por uma empresa de petróleo da Venezuela para famílias pobres do estado de Massachusetts. O resumo da oferta jornalística informa que a empresa venezuelana, que tem 14 mil postos de gasolina nos Estados Unidos, separou 45 milhões de litros de combustível para serem vendidos em parcerias com ONGs locais a preços 40% mais baixos do que os praticados no mercado americano . Uma notícia de
impacto social e político.


O editor-chefe do Jornal Nacional apenas pergunta se os jornalistas têm a posição do governo dos Estados Unidos antes de, rapidamente, dizer que considera a notícia imprópria para o jornal. E segue em frente.


Na seqüência, entre uma imitação do presidente Lula e da fala de um argentino, passa a defender com grande empolgação uma matéria oferecida pela praça de Belo Horizonte. Em Contagem, um juiz estava determinando a soltura de presos por falta de condições carcerárias. A argumentação do editor-chefe é sobre o perigo de criminosos voltarem às ruas. Esse juiz é um louco, chega a dizer, indignado. Nenhuma palavra sobre os motivos que levaram o magistrado a tomar essa medida e, muito menos, sobre a situação dos presídios no Brasil. A defesa da matéria é em cima do medo, sentimento que se espalha pelo País e rende preciosos pontos de audiência.


Sobre a greve dos peritos do INSS, que completava um mês matéria oferecida por São Paulo , o comentário gira em torno dos prejuízos causados ao órgão. Quantos segurados já poderiam ter voltado ao trabalho e, sem perícia, continuam onerando o INSS , ouve-se. E sobre os grevistas? Nada.


De Brasília é oferecida uma reportagem sobre a importância do superávit fiscal para reduzir a dívida pública . Um dos visitantes, o professor Gilson Schwartz, observou como a argumentação da proponente obedecia aos cânones econômicos ortodoxos e ressaltou a falta de visões alternativas no noticiário global.


Encerrada a reunião segue-se um tour pelas áreas técnica e jornalística, com a inevitável parada em torno da bancada onde o editor-chefe senta-se diariamente ao lado da esposa para falar ao Brasil. A visita inclui a passagem diante da tela do computador em que os índices de audiência chegam em tempo real. Líder eterna, a Globo pela manhã é assediada pelo Chaves mexicano, transmitido pelo SBT. Pelo menos é o que dizem os números do Ibope.


E no almoço, antes da sobremesa, chega o espelho do Jornal Nacional daquela noite (no jargão, espelho é a previsão das reportagens a serem transmitidas, relacionadas pela ordem de entrada e com a respectiva duração). Nenhuma grande novidade. A matéria dos presos libertados pelo juiz de Contagem abriria o jornal. E o óleo barato do Chávez venezuelano foi para o limbo.


Diante de saborosas tortas e antes de seguirem para o Projac o centro de produções de novelas, seriados e programas de auditório da Globo em Jacarepaguá os professores continuam ouvindo inúmeras referências ao Homer. A mesa é comprida e em torno dela notam-se alguns olhares constrangidos.


* Sociólogo e jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP. Artigo publicado na Carta Capital, edição nº 371.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

POETISANDO


QUANDO A POESIA ENTROU
EU SAI

QUANDO CHOVEU
EU CAI

QUANDO EU VI MORRER
EU MORRI

QUANDO SENTI VOCÊ
NEM VI

QUANDO O MAR ABRIU
SUMI

QUANDO A MONTANHA...
I NEM SEI

NA MONTANHA AZUL
CAI

DO AZUL
SAI

AZUL
EU VI

A MONTANHA AZUL
SENTI

POR ISSO
ESCREVI

sobre o conceio de democracia

Para uma reflexão do conceito de democracia
Escrito por Fausto Wolff

Dêem a chefia da portaria ao mais dócil empregado e logo ele se tornará um tirano

Já escrevi em algum lugar que, enquanto não nos revoltarmos contra o conceito de democracia que considera sagrado o direito de uma minoria escravizar o resto, jamais chegaremos à condição de seres humanos. Seremos sempre caricaturas, títeres perdidos na ventania, sempre com cara de “desculpe, não era bem isso que eu queria dizer”.

Enquanto não se der a revolução da humanidade contra a tirania, enquanto deixarmos que nos humilhem para que possamos continuar vivendo, teremos de suportar algumas imperfeições, certos espinhos colocados em nossos sapatos ainda na infância que não podemos ou não queremos tirar.

Uma dessas imperfeições é a constatação de que, à medida que envelhecemos, vamos nos tornando mais medrosos. Quando deveria acontecer o contrário: à medida que envelhece, o homem deveria tornar-se mais corajoso, porque mais sábio, mais justo, mais conhecedor dos seus deveres e direitos.

Quando eu tinha pouco mais de 20 anos, todos os dentes e era um sujeito bonito, era também dado a papagaiadas. Certa vez, ainda noivo (havia noivados e até virgens naquela época), estava no falecido Bar Castelinho, tomando um chope com minha futura mulher, quando um dos donos de uma revista para a qual eu escrevia sentou-se à nossa mesa e se comportou de forma grosseira.

Gentilmente, mandei que se retirasse, pois já tinha de aturá-lo o dia inteiro e não pretendia fazer isso quando estava namorando. Fui despedido no dia seguinte. Na hora, a sensação foi boa, mas eu era muito jovem para perceber que os rateios estavam contra mim.

Outra imperfeição: ser burro, viver e conhecer o mínimo do seu potencial energético interior e, além disso, ter de suportar a consciência da sua mortalidade. Algumas pessoas percebem isso, mas, como são ignorantes, aceitam o princípio nada otimista de que a vida é um absurdo porque acaba na morte e, como dizia Camus, o homem vive e não é feliz. Essa constatação é tão angustiante que, sem uma garrafa ao alcance da mão, é difícil resistir à tentação de não dar um tiro na têmpora.

Hoje em dia, em pleno século 21, a grande maioria de escravos aceita essa condição fingindo não saber dela, fingindo que a vida é assim mesmo. Uns entram com o pé e os outros com o popô, uns com o pescoço e os outros com a foice. Excetuando os psicopatas que, aparentemente, já nascem tortos, alguns poucos escravos se rebelam e saem fazendo bobagens: roubando, assaltando, matando, estuprando.

Quando isso acontece, todos ficam com cara de tacho, fingindo que não têm nada a ver com o peixe. Em seguida, os políticos pedem “responsabilidade criminal aos 16 anos”. Logo, pedirão responsabilidade aos 15, 14 e cosi via. Cosi via significa que aumentará o número de crianças assassinadas ao nascer; aceitação literal da loucura religiosa de que o homem já nasce pecador. Claro que essa lei só valerá para crianças pobres.

Sou contra a pena de morte, mas, como a tragédia, mesmo quando coletiva, é sempre individual, o que eu faria se matassem alguém indispensável à minha vida? E se alguém tirasse a vida de uma pessoa e, ao fazer isso, me deixasse aleijado interiormente pelos anos que me restam?

Como não acredito na Justiça e também não acredito que podemos julgar oficialmente os efeitos sem punir as causas, eu simplesmente mataria o assassino. E o faria pessoalmente, com as minhas mãos.

Em seguida, cidadão exemplar que sou, me entregaria ao juiz. Não teria resolvido nada, mas como sou humano em estágio ainda bárbaro, pelo menos isso atenuaria um pouco a minha dor.

Como vejo a coisa hoje? Dêem a chefia da portaria de um edifício ao mais dócil dos empregados e logo ele se tornará um tirano para agradar ao poder imediatamente acima dele.

O poder ama a si mesmo e aos poderosos. É tão implacável na sua injustiça que consegue convencer mais de 100 milhões de brasileiros adultos de que devem escolher entre o algoz da esquerda e o da direita. E nada acontece. 

sábado, 14 de novembro de 2009

Manipulação Midiática

A atividade consiste em propor que os alunos leiam e manipulem matérias de jornais e/ou revistas.

Os alunos deveram escolher livremente qual matéira irão trabalhar, esportivas, políticas, econômicas etc. Deverão ler toda a matéira e reescrevê-la de modo a mudar o seu sentido real, trocando seus fatos, dando outro tom à "verdade" apresentada pelo veículo midiático.

Essa atividade tem por finalidade promover uma reflexão prática e palpável de como a mídia nos apresenta verdades construídas, ou inverdades paridas, e fazê-los perceber o quão importane é ter um olhar crítico para os veículos de comunicação.

Poste aqui seu trabalho :)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Riso e cultura


Na figura ao lado pode-se observar um monte de mulheres rindo. Na sua opinião rir é um fato social (da criação da pessoa) ou um fato individual (a pessoa escolhe a hora que quer rir)? Pense nos momentos em que você ri, é em todos os momentos e lugares?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cultura

De acordo com os conceitos de determinismo biológico e de determinismo geográfico faça um texto sobre cultura e sua relação ou não com os conceitos antes citados. De um exemplo do seu dia a dia