domingo, 30 de maio de 2010

TEXTO RECEBIDO POR E-MAIL : bem legal (mas longuinho)

O Império do consumo.
 
 O sistema fala em nome de todos, dirige a todos as suas ordens imperiosas de consumo, difunde entre todos a febre compradora; mas sem remédio: para quase todos esta aventura começa e termina no écran do televisor. A maioria, que se endivida para ter coisas, termina por ter nada mais que dívidas para pagar dívidas as quais geram novas dívidas, e acaba a consumir fantasias que por vezes materializa delinquindo.

Os donos do mundo usam o mundo como se fosse descartável: uma mercadoria de vida efémera, que se esgota como se esgotam, pouco depois de nascer, as imagens disparadas pela metralhadora da televisão e as modas e os ídolos que a publicidade lança, sem tréguas, no mercado. Mas para que outro mundo vamos mudar-nos?

A explosão do consumo no mundo actual faz mais ruído do que todas as guerras e provoca mais alvoroço do que todos os carnavais. Como diz um velho provérbio turco: quem bebe por conta, emborracha-se o dobro. O carrossel aturde e confunde o olhar; esta grande bebedeira universal parece não ter limites no tempo nem no espaço. Mas a cultura de consumo soa muito, tal como o tambor, porque está vazia. E na hora da verdade, quando o estrépito cessa e acaba a festa, o borracho acorda, só, acompanhado pela sua sombra e pelos pratos partidos que deve pagar. A expansão da procura choca com as fronteiras que lhe impõe o mesmo sistema que a gera. O sistema necessita de mercados cada vez mais abertos e mais amplos, como os pulmões necessitam o ar, e ao mesmo tempo necessitam que andem pelo chão, como acontece, os preços das matérias-primas e da força humana de trabalho.

O direito ao desperdício, privilégio de poucos, diz ser a liberdade de todos. Diz-me quanto consomes e te direi quanto vales. Esta civilização não deixa dormir as flores, nem as galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores são submetidas a luz contínua, para que cresçam mais depressa. Nas fábricas de ovos, as galinhas também estão proibidas de ter a noite. E as pessoas estão condenadas à insónia, pela ansiedade de comprar e pela angústia de pagar. Este modo de vida não é muito bom para as pessoas, mas é muito bom para a indústria farmacêutica. Os EUA consomem a metade dos sedativos, ansiolíticos e demais drogas químicas que se vendem legalmente no mundo, e mais da metade das drogas proibidas que se vendem ilegalmente, o que não é pouca coisa se se considerar que os EUA têm apenas cinco por cento da população mundial.

"Gente infeliz os que vivem a comparar-se", lamenta uma mulher no bairro do Buceo, em Montevideo. A dor de já não ser, que outrora cantou o tango, abriu passagem à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. "Quando não tens nada, pensas que não vales nada", diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, de Buenos Aires. E outro comprova, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís: "Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas e vivem suando em bicas para pagar as prestações".

Invisível violência do mercado: a diversidade é inimiga da rentabilidade e a uniformidade manda. A produção em série, em escala gigantesca, impõe em todo lado as suas pautas obrigatórias de consumo. Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais devastadora que qualquer ditadura do partido único: impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que reproduz os seres humanos como fotocópias do consumidor exemplar.

O consumidor exemplar é o homem quieto. Esta civilização, que confunde a quantidade com a qualidade, confunde a gordura com a boa alimentação. Segundo a revista científica
The Lancet, na última década a "obesidade severa" aumentou quase 30% entre a população jovem dos países mais desenvolvidos. Entre as crianças norte-americanas, a obesidade aumentou uns 40% nos últimos 16 anos, segundo a investigação recente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado. O país que inventou as comidas e bebidaslight, os diet food e os alimentos fat free tem a maior quantidade de gordos do mundo. O consumidor exemplar só sai do automóvel par trabalhar e para ver televisão. Sentado perante o pequeno écran, passa quatro horas diárias a devorar comida de plástico.

Triunfa o lixo disfarçado de comida: esta indústria está a conquistar os paladares do mundo e a deixar em farrapos as tradições da cozinha local. Os costumes do bom comer, que vêem de longe, têm, em alguns países, milhares de anos de refinamento e diversidade, são um património colectivo que de algum modo está nos fogões de todos e não só na mesa dos ricos. Essas tradições, esses sinais de identidade cultural, essas festas da vida, estão a ser espezinhadas, de modo fulminante, pela imposição do saber químico e único: a globalização do hamburguer, a ditadura do 
fast food. A plastificação da comida à escala mundial, obra da McDonald's, Burger King e outras fábricas, viola com êxito o direito à autodeterminação da cozinha: direito sagrado, porque na boca a alma tem uma das suas portas.

O campeonato mundial de futebol de 98 confirmou-nos, entre outras coisas, que o cartão MasterCard tonifica os músculos, que a Coca-Cola brinda eterna juventude e o menu do MacDonald's não pode faltar na barriga de um bom atleta. O imenso exército de McDonald's dispara hamburguers às bocas das crianças e dos adultos no planeta inteiro. O arco duplo desse M serviu de estandarte durante a recente conquista dos países do Leste da Europa. As filas diante do McDonald's de Moscovo, inaugurado em 1990 com fanfarras, simbolizaram a vitória do ocidente com tanta eloquência quanto o desmoronamento do Muro de Berlim.

Um sinal dos tempos: esta empresa, que encarna as virtudes do mundo livre, nega aos seus empregados a liberdade de filiar-se a qualquer sindicato. A McDonald's viola, assim, um direito legalmente consagrado nos muitos países onde opera. Em 1997, alguns trabalhadores, membros disso que a empresa chama a Macfamília, tentaram sindicalizar-se num restaurante de Montreal, no Canadá: o restaurante fechou. Mas no 98, outros empregados da McDonald's, numa pequena cidade próxima a Vancouver, alcançaram essa conquista, digna do Livro Guinness.

As massas consumidoras recebem ordens num idioma universal: a publicidade conseguiu o que o esperanto quis e não pôde. Qualquer um entende, em qualquer lugar, as mensagens que o televisor transmite. No último quarto de século, os gastos em publicidade duplicaram no mundo. Graças a ela, as crianças pobres tomam cada vez mis Coca-Cola e cada vez menos leite, e o tempo de lazer vai-se tornando tempo de consumo obrigatório. Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisor e o televisor tem a palavra. Comprados a prazo, esse animalejo prova a vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos. Pobres e ricos conhecem, assim, as virtudes dos automóveis último modelo, e pobres e ricos inteiram-se das vantajosas taxas de juro que este ou aquele banco oferece. Os peritos sabem converter as mercadorias em conjuntos mágicos contra a solidão. As coisas têm atributos humanos: acariciam, acompanham, compreendem, ajudam, o perfume te beija e o automóvel é o amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados. As angústias enchem-se atulhando-se de coisas, ou sonhando fazê-lo. E as coisas não só podem abraçar: elas também podem ser símbolos de ascensão social, salvo-condutos para atravessar as alfândegas da sociedade de classes, chaves que abrem as portas proibidas. Quanto mais exclusivas, melhor: as coisas te escolhem e te salvam do anonimato multitudinário. A publicidade não informa acerca do produto que vende, ou raras vezes o faz. Isso é o que menos importa. A sua função primordial consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias: Em quem o senhor quer converter-se comprando esta loção de fazer a barba? O criminólogo Anthony Platt observou que os delitos da rua não são apenas fruto da pobreza extrema. Também são fruto da ética individualista. A obsessão social do êxito, diz Platt, incide decisivamente sobre a apropriação ilegal das coisas. Sempre ouvi dizer que o dinheiro não produz a felicidade, mas qualquer espectador pobre de TV tem motivos de sobra para acreditar que o dinheiro produz algo tão parecido que a diferença é assunto para especialistas.

Segundo o historiador Eric Hobsbawm, o século XX pôs fim a sete mil anos de vida humana centrada na agricultura desde que apareceram as primeiras culturas, em fins do paleolítico. A população mundial urbaniza-se, os camponeses fazem-se cidadãos. Na América Latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação, e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em toda parte, mas por experiência sabem que atende nas grandes urbes. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os que esperam vêem passar a vida e morrem a bocejar; nas cidades, a vida ocorre, e chama. Apinhados em tugúrios, a primeira coisa que descobrem os recém chegados é que o trabalho falta e os braços sobram. Enquanto nascia o século XIV, frei Giordano da Rivalto pronunciou em Florença um elogio das cidades. Disse que as cidades cresciam "porque as pessoas têm o gosto de juntar-se". Juntar-se, encontrar-se. Agora, quem se encontra com quem? Encontra-se a esperança com a realidade? O desejo encontra-se com o mundo? E as pessoas encontram-se com as pessoas? Se as relações humanas foram reduzidas a relações entre coisas, quanta gente se encontra com as coisas? O mundo inteiro tende a converter-se num grande écran de televisão, onde as coisas se olham mas não se tocam. As mercadorias em oferta invadem e privatizam os espaços públicos. As estações de auto-carros e de comboios, que até há pouco eram espaços de encontro entre pessoas, estão agora a converter-se em espaços de exibição comercial.

O shopping center, ou shopping mall, vitrina de todas as vitrinas, impõe a sua presença avassaladora. As multidões acorrem, em peregrinação, a este templo maior das missas do consumo. A maioria dos devotos contempla, em êxtase, as coisas que os seus bolsos não podem pagar, enquanto a minoria compradora submete-se ao bombardeio da oferta incessante e extenuante. A multidão, que sobe e baixa pelas escadas mecânicas, viaja pelo mundo: os manequins vestem como em Milão ou Paris e as máquinas soam como em Chicago, e para ver e ouvir não é preciso pagar bilhete. Os turistas vindos das povoações do interior, ou das cidades que ainda não mereceram estas bênçãos da felicidade moderna, posam para a foto, junto às marcas internacionais mais famosas, como antes posavam junto à estátua do grande homem na praça. Beatriz Solano observou que os habitantes dos bairros suburbanos vão ao center, ao shopping center, como antes iam ao centro. O tradicional passeio do fim de semana no centro da cidade tende a ser substituído pela excursão a estes centros urbanos. Lavados, passados e penteados, vestidos com as suas melhores roupas, os visitantes vêm a uma festa onde não são convidados, mas podem ser observadores. Famílias inteiras empreendem a viagem na cápsula espacial que percorre o universo do consumo, onde a estética do mercado desenhou uma paisagem alucinante de modelos, marcas e etiquetas. A cultura do consumo, cultura do efémero, condena tudo ao desuso mediático. Tudo muda ao ritmo vertiginoso da moda, posta ao serviço da necessidade vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por outras coisas de vida fugaz. Hoje a única coisa que permanece é a insegurança, as mercadorias, fabricadas para não durar, resultam ser voláteis como o capital que as financia e o trabalho que as gera. O dinheiro voa à velocidade da luz: ontem estava ali, hoje está aqui, amanhã, quem sabe, e todo trabalhador é um desempregado em potencial. Paradoxalmente, os shopping centers, reinos do fugaz, oferecem com o máximo êxito a ilusão da segurança. Eles resistem fora do tempo, sem idade e sem raiz, sem noite e sem dia e sem memória, e existem fora do espaço, para além das turbulências da perigosa realidade do mundo.

Os donos do mundo usam o mundo como se fosse descartável: uma mercadoria de vida efémera, que se esgota como esgotam, pouco depois de nascer, as imagens que dispara a metralhadora da televisão e as modas e os ídolos que a publicidade lança, sem tréguas, no mercado. Mas a que outro mundo vamos nos mudar? Estamos todos obrigados a acreditar no conto de que Deus vendeu o planeta a umas quantas empresas, porque estando de mau humor decidiu privatizar o universo? A sociedade de consumo é uma armadilha caça-bobos. Os que têm a alavanca simulam ignorá-lo, mas qualquer um que tenha olhos na cara pode ver que a grande maioria das pessoas consome pouco, pouquinho e nada, necessariamente, para garantir a existência da pouca natureza que nos resta. A injustiça social não é um erro a corrigir, nem um defeito a superar: é uma necessidade essencial. Não há natureza capaz de alimentar um shopping center do tamanho do planeta
.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

TEXTO RECEBIDO POR E-MAIL : bem legal

O capitalismo tem legiões de apologistas. Muitos o são de boa fé, produto de sua ignorância e pelo fato de que, como dizia Marx, o sistema é opaco e sua natureza exploradora e predatória não é evidente aos olhos de mulheres e homens. Outros o defendem porque são seus grandes beneficiários e amealham enormes fortunas graças às suas injustiças e iniqüidades. Há ainda outros (‘gurus’ financeiros, ‘opinólogos’ e ‘jornalistas especializados’, acadêmicos ‘pensantes’ e os diversos expoentes desse "pensamento único") que conhecem perfeitamente bem os custos sociais que o sistema impõe em termos de degradação humana e ambiental. Mas esses são muito bem pagos para enganar as pessoas e prosseguem incansavelmente com seu trabalho. Eles sabem muito bem, aprenderam muito bem, que a "batalha de idéias" para a qual nos convocou Fidel é absolutamente estratégica para a preservação do sistema, e não aplacam seus esforços.
 
Para contra-atacar a proliferação de versões idílicas acerca do capitalismo e sua capacidade de promover o bem-estar geral, examinemos alguns dados obtidos de documentos oficiais do sistema das Nações Unidas. Isso é extremamente didático quando se escuta, ainda mais no contexto da crise atual, que a solução dos problemas do capitalismo se consegue com mais capitalismo; ou que o G-20, o FMI, a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial, arrependidos de seus erros passados, poderão resolver os problemas que asfixiam a humanidade. Todas essas instituições são incorrigíveis e irreformáveis, e qualquer esperança de mudança não é nada mais que ilusão. Seguem propondo o mesmo, mas com um discurso diferente e uma estratégia de "relações públicas" desenhada para ocultar suas verdadeiras intenções. Quem tiver duvidas, olhe o que estão propondo para "solucionar" a crise na Grécia: as mesmas receitas que aplicaram e continuam aplicando na América Latina e na África desde os anos 80!
 
A seguir, alguns dados (com suas respectivas fontes) recentemente sistematizados pelo CROP, o Programa Internacional de Estudos Comparativos sobre a Pobreza, radicado na Universidade de Bergen, Noruega. O CROP está fazendo um grande esforço para, desde uma perspectiva crítica, combater o discurso oficial sobre a pobreza, elaborado há mais de 30 anos pelo Banco Mundial e reproduzido incansavelmente pelos grandes meios de comunicação, autoridades governamentais, acadêmicos e "especialistas" vários.
 
População mundial: 6.800 bilhões, dos quais...
 
1,020 bilhão são desnutridos crônicos (FAO, 2009)
2 bilhões não possuem acesso a medicamentos (http://www.fic.nih.gov/)
884 milhões não têm acesso à água potável (OMS/UNICEF, 2008)
924 milhões estão "sem teto" ou em moradias precárias (UN Habitat, 2003)
1,6 bilhão não têm eletricidade (UN HABITAT, "Urban Energy")
2,5 bilhões não têm sistemas de drenagens ou saneamento (OMS/UNICEF, 2008)
774 milhões de adultos são analfabetos (http://www.uis.unesco.org/)
18 milhões de mortes por ano devido à pobreza, a maioria de crianças menores de 5 anos (OMS).
 
218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham precariamente em condições de escravidão e em tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados, prostitutas, serventes, na agricultura, na construção ou indústria têxtil (OIT: A eliminação do trabalho infantil: um objetivo ao nosso alcance, 2006).
 
Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação na renda global de 1,16% para 0,92%, enquanto os opulentos 10% mais ricos acrescentaram mais às suas fortunas, passando de dispor de 64,7% para 71,1% da riqueza mundial. O enriquecimento de uns poucos tem como seu reverso o empobrecimento de muitos.
 
Somente esse 6,4% de aumento da riqueza dos mais ricos seria suficiente para duplicar a renda de 70% da população mundial, salvando inumeráveis vidas e reduzindo as penúrias e sofrimentos dos mais pobres. Entenda-se bem: tal coisa se conseguiria se simplesmente fosse possível redistribuir o enriquecimento adicional produzido entre 1988 e 2002 dos 10% mais ricos. Mas nem sequer algo tão elementar como isso é aceitável para as classes dominantes do capitalismo mundial.
 
Conclusão: se não se combate a pobreza (que nem se fale de erradicá-la sob o capitalismo) é porque o sistema obedece a uma lógica implacável centrada na obtenção do lucro, o que concentra riqueza e aumenta incessantemente a pobreza e a desigualdade sócio-econômica.
 
Depois de cinco séculos de existência eis o que o capitalismo tem a oferecer. O que estamos esperando para mudar o sistema? Se a humanidade tem futuro, será claramente socialista. Com o capitalismo, em compensação, não haverá futuro para ninguém. Nem para os ricos e nem para os pobres. A frase de Friedrich Engels e também de Rosa Luxemburgo, "socialismo ou barbárie", é hoje mais atual e vigente do que nunca. Nenhuma sociedade sobrevive quando seu impulso vital reside na busca incessante do lucro e seu motor é a ganância. Mas cedo que tarde provoca a desintegração da vida social, a destruição do meio ambiente, a decadência política e uma crise moral. Ainda temos tempo, mas já não tanto.
não sei quem é o autor pois recebi por e-mail

Porque ninguém fala nisso?


“Hoje, enfrentamos o retorno potencial da discriminação da eugenia, não sob bandeiras nacionais ou credos políticos, mas em função da ciência do genoma humano e da globalização corporativa. Declarações diretas de domínio racial estão sendo substituídas por campanhas de relações públicas e patentes. O poderoso dólar pode em breve decidir quem fica de que lado na “divisão genética” já em demarcação pelos ricos e poderosos. Quando estamos a caminho de um novo horizonte, confrontar nosso passado pode nos ajudar a enfrentar o futuro que nos espera”.

10 de maio de 2010 às 11:18
Quando a plutocracia demoniza os “fracos” da introdução do livro War Against the Weak, de Edwin Black Vozes assombram as páginas de todo livro. Esse livro, em particular, fala em nome dos não-nascidos, em nome daqueles cujas perguntas nunca foram ouvidas — daqueles que nunca existiram. Através das seis primeiras décadas do século 20, centenas de milhares de norte-americanos e um número não calculado de outros não tiveram a permissão de continuar suas famílias através da reprodução. Selecionados por causa de sua ancestralidade, origem nacional, raça ou religião, eles foram esterilizados à força, erroneamente internados em instituições psiquiátricas onde morreram em grande número, proibidos de casar e algumas vezes “descasados” por burocratas estatais. Nos Estados Unidos, essa batalha para acabar com grupos étnicos foi lutada não por exércitos armados ou por seitas de ódio às margens da sociedade. Em vez disso, essa guerra de luvas brancas foi levada adiante por professores estimados, universidades de elite, ricos industriais e autoridades do governo que se juntaram em um movimento
racista e pseudocientífico chamado “eugenia”. O objetivo: criar uma raça Nórdica superior.
  
Para perpetuar a campanha, fraude acadêmica generalizada combinada com filantropia corporativa sem limites estabeleceram as razões biológicas para a perseguição. Empregando um amálgama de achismos, fofoca, informação falsificada e arrogância acadêmica polissilábica, o movimento pela eugenia lentamente criou uma burocracia nacional e uma infraestrutura jurídica para limpar os Estados Unidos dos “unfit”. Testes de inteligência, coloquialmente conhecidos como QI, foram inventados para justificar a prisão de um grupo definido como “feebleminded”. Frequentemente os assim chamados eram apenas tímidos, de boa fé para serem levados a sério, falavam os idiomas “errados” ou tinham a cor da pele “errada”. Leis de esterilização forçada foram aprovadas em vinte e sete estados para evitar que indivíduos-alvo produzissem mais gente de seu tipo. Leis de proibição do casamento proliferaram nos Estados Unidos para evitar a mistura de raças. Litígios foram levados até a Suprema Corte, que aprovou a eugenia e suas táticas.
 
  O objetivo imediato era esterilizar imediatamente 14 milhões de pessoas nos Estados Unidos e mais alguns milhões no mundo — o “décimo mais baixo na escala social” — e assim continuamente eliminar o décimo “inferior” até restar apenas uma super-raça Nórdica. No fim das contas, 60 mil norte-americanos foram esterilizados à força e o total  pode ser muito maior. Ninguém sabe exatamente quantos casamentos foram evitados pelas leis estaduais. Embora muito da perseguição tenha sido simplesmente resultado de racismo, ódio étnico ou elitismo acadêmico, a eugenia vestiu o manto de ciência respeitável para esconder seu verdadeiro caráter.

As vítimas da eugenia eram moradores pobres de áreas urbanas e o “lixo branco” da zona rural, da Nova Inglaterra à Califórnia, imigrantes que chegavam da Europa, negros, judeus, mexicanos, indígenas, epiléticos, alcoólatras, batedores de carteira e doentes mentais ou qualquer um que não se enquadrasse no ideal Nórdico dos loiros de olhos azuis que o movimento da eugenia glorificava.

A eugenia contaminou muitas outras causas sociais, médicas e educacionais nobres, do movimento pelo controle da natalidade ao desenvolvimento da psicologia ao movimento pelo saneamento urbano. Psicólogos perseguiram seus pacientes. Professores estigmatizaram seus alunos. Associações de caridade pediram para mandar aqueles que pediam ajuda para câmaras da morte que esperavam ver construídas. Escritórios de apoio à imigração conspiraram para mandar os mais necessitados para programas de esterilização. Líderes da oftalmologia conduziram uma longa campanha para perseguir e esterilizar à força todos os parentes de todos os americanos com problemas na visão. Tudo isso aconteceu nos Estados Unidos anos antes da ascensão do Terceiro Reich na Alemanha.

A eugenia tinha como alvo a Humanidade, assim seu escopo era global. Os evangelistas da eugenia provocaram movimentos similares na Europa, na América Latina e na Ásia. Leis de esterilização forçada apareceram em todos os continentes. Cada estatuto ou regra da eugenia — da Virgínia ao Oregon — foi promovida internacionalmente como mais um precedente para incentivar o movimento internacional. Uma pequena  e fechada rede de jornais médicos ou proponentes da eugenia, encontros internacionais e conferências mantiveram os generais e os soldados do movimento em dia e armados para tirar proveito da próxima oportunidade legislativa.

Eventualmente, o movimento de eugenia dos Estados Unidos se espalhou para a Alemanha, onde causou fascínio em Adolf Hitler e no movimento nazista. Sob Hitler, a eugenia foi muito além do sonho de qualquer eugenista norte-americano. O Nacional Socialismo transformou a busca americana por uma “raça superior Nórdica” na busca de Hitler por uma “raça ariana superior”. Os nazistas gostavam de dizer que “o Nacional Socialismo não é nada mais que biologia aplicada”, e em 1934 o Richmond Times-Dispatch publicou a frase de um proeminente eugenista
norte-americano segundo a qual “os alemães estão nos derrotando em nosso próprio jogo”.

A eugenia nazista rapidamente venceu o movimento norte-americano em velocidade e ferocidade. Nos anos 30, a Alemanha assumiu a liderança do movimento internacional. A eugenia de Hitler teve o apoio de decretos brutais e das máquinas de processamento de dados da IBM, de tribunais de eugenia, programas de esterilização em massa, campos de concentração e do virulento antissemitismo biológico — tudo com aprovação aberta dos eugenistas norte-americanos e de suas instituições. Os aplausos diminuiram, mas apenas relutantemente, quando os Estados Unidos entraram em guerra em dezembro de 1941. Então, sem  que o mundo soubesse, os guerreiros da eugenia alemães operavam campos de exterminio. Eventualmente, a loucura da eugenia alemã levou ao Holocausto, à destruição dos ciganos, ao estupro da Polônia e à dizimação da Europa.

Mas nada do racismo científico dos Estados Unidos teria se espalhado
sem apoio da filantropia corporativa.

Nestas páginas você vai conhecer a triste verdade sobre como as razões científicas que levaram aos médicos assassinos de Auschwitz foram primeiro formuladas em Long Island, no laboratório de eugenia da Carnegie Institution em Cold Spring Harbor. Você descobrirá que no regime de Hitler antes da guerra, a Carnegie, através de seu complexo de Cold Harbor, propagandeava de forma entusiasmada o regime nazista e distribuia filmes antissemitas do Partido Nazista em escolas dos Estados Unidos. E você vai descobrir as ligações entre os grandes
aportes financeiros da Fundação Rockefeller e o establishment científico alemão, que deram início aos programas de eugenia que resultaram em Mengele em Auschwitz.

Só depois que a verdade sobre os campos de extermínio nazista se tornou pública o movimento americano pela eugenia perdeu força. Instituições de eugenia dos Estados Unidos correram para trocar o nome, de “eugenia” para “genética”. Com sua nova identidade, o que restou do movimento se reinventou e ajudou a estabelecer a moderna e iluminada revolução da genética humana. Embora a retórica e os nomes tenham mudado, as leis e os modos de pensar ficaram em seu lugar. Assim, décadas depois que o julgamento de Nuremberg rotulou os métodos da eugenia de genocídio e crime contra a humanidade, os Estados Unidos continuaram a esterilizar à força e a proibir casamentos “indesejáveis”.

Comecei dizendo que este livro fala em nome dos nunca nascidos. Também fala em nome das centenas de milhares de refugiados judeus que tentaram escapar do regime de Hitler mas tiveram os pedidos de visto negados pelos Estados Unidos por causa do ativismo abertamente racista da Carnegie Institution. Além disso, estas páginas demonstram como milhões foram assassinados na Europa precisamente porque foram rotulados como formas inferiores de vida, que não valia a existência — uma classificação criada nas publicações e pesquisas acadêmicas da Carnegie Institution, certificadas através de financiamentos da Fundação Rockfeller, validadas por acadêmicos das melhores universidades da Ivy League e financiadas pela fortuna ferroviária da família Harriman. A eugenia não foi mais que a filantropia corporativa “gone wild”.

Disponível em www.viomundo.com.br
Acesso em 12 5 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Paulo Nogueira e o macartismo da Folha

Preparando-se para a guerra eleitoral, a mídia demotucano já iniciou a "limpeza ideológica" nas suas redações. Na semana passada, o Grupo Abriu demitiu o editor da National Geographic do Brasil, Felipe Milanez, que criticou no seu twitter as distorções grosseiras da revista Veja. Agora, é a Folha de S.Paulo que dispensa o economista Paulo Nogueira Batista Junior, atual diretor do Brasil no FMI e um dos poucos colunistas que ainda justifica a leitura deste pasquim golpista.

O argumento usado é risível. A famíglia Frias alegou que "sua coluna é das mais longevas", só não explicou porque outros antigos colunistas nunca foram molestados. Paulo Nogueira sempre foi um ácido crítico das políticas neoliberais de desmonte do Estado e da nação. Ele nunca deu tréguas aos tucanos colonizados, com seu "complexo de vira-lata". Na luta de idéias em curso na batalha eleitoral, o economista seria um estorvo para José Serra, o candidato do Grupo Folha.

Relembrando as perseguições de 2006

Para disfarçar a sua política macartista de "caça às bruxas", a Folha anunciou um novo plantel de colunistas, que inclui o Antonio Palocci. Com isso, ela tenta preservar a falsa imagem de "jornal pluralista". Mas, como ironiza o jornalista Paulo Henrique Amorim, a jogada é rasteira. "Antônio Malloci, ex-ministro da Fazenda, como se sabe é um notável tucano que eventualmente milita no PT. Paulo Nogueira Batista Junior era um dos últimos vestígios de talento que a Folha exibia... A Folha, com um novo conjunto de ‘colonistas’, aproxima-se cada vez mais da treva sem fim".

O clima de perseguição ideológica nas redações da mídia "privada" não é novidade. Na sucessão presidencial de 2006, ele também produziu suas vítimas, entre elas o jornalista Rodrigo Vianna, que não aceitou as baixarias da TV Globo na cobertura da campanha. Franklin Martins e Tereza Cruvinel também sentiram o ódio do "senhor das trevas" das Organizações Globo, Ali Kamel. Nos jornais e revistas, a perseguição fascistóide silenciou vários outros jornalistas.

A quem serve a liberdade de expressão?

Como afirma o professor Venício A. de Lima, estes episódios revelam "a hipocrisia geral que envolve as posições públicas dos donos da mídia sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa... As relações de trabalho nas redações brasileiras, é sabido, são hierárquicas e autoritárias. Jornalistas e editores são considerados, pelos patrões, como ocupando ‘cargos de confiança’ e devedores de lealdade incondicional". Caso tentem manter a ética no seu trabalho jornalístico, eles são demitidos sumariamente.

Com a aproximação da eleição presidencial de outubro, o clima tende a se deteriorar ainda mais nas redações, comprovando a falsidade do discurso dos donos da mídia e das suas entidades -como Abert, Aner e ANJ- sobre a "ameaça autoritária" do governo Lula contra a liberdade de imprensa. "Episódios como este nos obrigam a perguntar, uma vez mais, para quem é a liberdade de expressão que a grande mídia defende?", conclui o professor Venício A. de Lima.

A mídia ‘vira-lata’ e o acordo Brasil-Irã

Altamiro Borges *


Adital -


Apesar da bronca recente que levou do irritadiço José Serra, a jornalista Miriam Leitão mantém-se uma seguidora canina das teses demo-tucanas. No programa Espaço Aberto, da Globo News desta quinta-feira (20), ele entrevistou dois "renomados especialistas" sobre o acordo Brasil-Irã: Luiz Felipe Lampreia e Sérgio Amaral. Excitada com as opiniões emitidas, ela só não informou aos ingênuos telespectadores que ambos são tucanos de carteirinha, serviram ao entreguista FHC e hoje viraram as estrelas da TV Globo no combate hidrófobo à política externa do governo Lula.

Ex-porta-voz e ex-ministro de FHC, Sérgio Amaral nem disfarçou o seu ressentimento e inveja. Para ele, o Brasil não deveria se meter nos conflitos na região. Explicitando o seu servilismo, ele tentou desqualificar o "atual protagonismo" do Itamaraty, afirmando que isto pode prejudicar as relações com os EUA. Repetindo os relatórios da CIA, também garantiu que o Irã é uma ameaça à paz mundial - mas não falou uma linha sobre as ogivas e as ações belicistas do governo ianque. Mais "diplomático", Lampreia, outro serviçal de FHC, também ridicularizou o acordo Brasil-Irã.

Sucursais rastaqüeras da mídia dos EUA

Miriam Leitão não é a única a usar os meios de comunicação, inclusive as concessões públicas, para repetir as velhas teses colonizadas. Na prática, a maior parte da mídia nativa mais se parece com uma sucursal rastaqüera da imprensa ianque - e do Departamento do Estado dos EUA. Ela é a expressão acabada do "complexo de vira-lata", ironizado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues. Foi uma entusiasta da política de "alinhamento automático com os EUA", praticado por FHC, e defendeu acriticamente o tratado neocolonial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

A mídia demotucana sempre foi covarde diante do império e prepotente diante das nações mais sofridas. Ela embarcou com tudo nas 938 mentiras alardeadas pelo presidente-terrorista George W. Bush para justificar a invasão e o genocídio no Iraque, num patriotismo às avessas. Já quando Evo Morales nacionalizou o petróleo da Bolívia, ela exigiu do presidente Lula o rompimento das relações diplomáticas e até o envio de tropas para a fronteira. A mesma arrogância se manifestou quando das negociações sobre Itaipu, num discurso agressivo contra o governo do Paraguai.

Ceticismo, inveja e dor de cotovelo

Esta visão colonizada ficou, mais uma vez, escancarada nas negociações de paz entre Brasil-Irã-Turquia. Num primeiro momento, a mídia apostou no total fracasso da iniciativa. Como relata o professor Dennis de Oliveira, os jornalões conservadores afirmaram que o presidente Lula estaria "perdendo tempo" e "arriscando a credibilidade internacional do país". A Folha estampou em sua manchete que "Irã dá ao Brasil um polêmico protagonismo", num artigo carregado de ceticismo. O Estadão também menosprezou as negociações, prognosticando seu insucesso.

Já quando o acordo foi assinado, a mídia, ainda meio desnorteada, procurou desqualificá-lo. Em nenhum momento, ela enfatizou que os termos do acordo são os mesmos propostos pelo próprio Conselho de Segurança da ONU. O que antes ela defendia, agora se opõe - numa típica postura ideologizada contra o governo Lula. "A aposta no fracasso deu lugar ao ceticismo com misto de inveja e dor de cotovelo", constata Dennis de Oliveira. Na sua oposição ao acordo, o Estadão usou até as declarações infelizes da candidata Marina Silva, que se prestou ao trabalho sujo.

Repercussão mundial omitida

No seu complexo de vira-lata, a mídia colonizada nem sequer repercutiu análises mais isentas da imprensa mundial. O jornal francês Le Monde, por exemplo, elogiou o Brasil e destacou que "o Sul emergente já aparecera antes, em cena que provocou frisson e alarido no palco internacional, em domínios do meio ambiente e comércio. Essa semana, inaugura nova etapa, importante sinal de quanto aumenta o poder desses países. Ei-los ativos em terreno que, até agora, permanecia quase monopólio das tradicionais ‘grandes potências’: a proliferação nuclear no Oriente Médio".

Já o jornal britânico The Guardian realçou que o acordo "marca o nascimento de uma nova força altamente promissora no cenário internacional: a parceria Brasil-Turquia... O que se viu foi que negociadores competentes em negociações bem encaminhadas por dois líderes mundiais destruíram a versão, difundida por Washington, de que o Irã não faria acordos e teria de ser ‘atacado’". Miriam Leitão, Sérgio Amaral, Lampreia, FHC e o presidenciável Serra devem morrer de inveja diante de tantos elogios, que a mídia nativa omite. Podem até cortar os pulsos!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eles estavam lá, mas não votaram o Projeto FICHA LIMPA e o Ranking da Corrupção por Partido

Eles estavam lá, mas não votaram o ficha limpa

De acordo com dados oficiais da Secretaria Geral da Mesa da Câmara, 55
parlamentares não votaram o projeto ficha limpa, embora estivessem
presentes na sessão. Veja aqui a lista, em primeira mão

Mario Heringer foi um dos deputados que registraram presença e não
votaram o projeto ficha limpa na noite de terça-feira (4)

Edson Sardinha e Thomaz Pires

Cinquenta e cinco deputados deixaram de votar o projeto ficha limpa,
embora estivessem presentes na sessão que resultou na aprovação da
proposta que proíbe a candidatura de políticos com condenação na
Justiça. Segundo a lista de presença da sessão, iniciada às 21h09 de
ontem (4) e encerrada a 0h27 desta quarta-feira (5), 445 parlamentares
registraram presença. Mas apenas 389 votaram. O presidente da Casa,
Michel Temer (PMDB-SP), também estava presente, mas só vota em caso de
empate.

O PMDB, com 15 deputados, o PP, com sete, foram os partidos com maior
número de parlamentares que deixaram de votar mesmo tendo registrado
presença na sessão. O PT, com seis nomes, o DEM, com cinco, o PR e o
PTB, com quatro, vêm a seguir. Há ainda três deputados do PSDB, três
do PRB, um do PTC e um do PV que constam da lista de presença oficial
da Câmara, mas
não figuram na relação dos que votaram, também divulgada pela
Secretaria Geral da Mesa.

A lista a seguir, divulgada em primeira mão pelo Congresso em Foco,
reúne deputados de 17 estados. Destaque para as bancadas de Minas
Gerais e do Piauí. Dez dos 46 parlamentares mineiros presentes não
votaram, nem a favor, nem contra, nem se abstiveram formalmente. O
mesmo ocorreu com metade dos dez deputados piauienses que estavam
presentes na sessão mas não registraram voto.

O texto-base do projeto ficha limpa foi aprovado com 388 votos
favoráveis. O único voto contrário, segundo seu autor, foi por engano.
Além dos 55 deputados que estavam presentes e não votaram, outros 68
faltaram à sessão. A votação dos destaques está prevista para esta
tarde.

Veja a lista de quem estava na Câmara, mas não votou o ficha limpa, por Estado:

Alagoas
Augusto Farias PP

Amazonas
Sabino Castelo Branco PTB

Bahia
Félix Mendonça DEM
José Carlos Araújo PDT

Ceará
Aníbal Gomes PMDB
Flávio Bezerra PRB
José Linhares PP
José Pimentel PT
Manoel Salviano PSDB
Mauro Benevides PMDB

Goiás
Leandro Vilela PMDB
Luiz Bittencourt PMDB
Pedro Chaves PMDB
Professora Raquel Teixeira PSDB
Rubens Otoni PT

Maranhão
Cleber Verde PRB
Clóvis Fecury DEM

Minas Gerais
Ademir Camilo PDT
Antônio Andrade PMDB
Carlos Willian PTC
Fábio Ramalho PV
George Hilton PRB
João Magalhães
Leonardo Quintão PMDB
Mário Heringer PDT
Silas Brasileiro PMDB
Virgílio Guimarães PT

Mato Grosso do Sul
Dagoberto PDT

Santa Catarina
Mauro Mariani PMDB

Pará
Giovanni Queiroz PDT

Paraíba
Armando Abílio PTB
Wellington Roberto PR
Wilson Santiago PMDB

Pernambuco
Eduardo da Fonte PP
José Chaves PTB
Roberto Magalhães DEM
Fernando Nascimento PT

Piauí
Antonio José Medeiros PT
Ciro Nogueira PP
José Maia Filho DEM
Paes Landim PTB
Themístocles Sampaio PMDB

Rio de Janeiro
Fernando Lopes PMDB
Leonardo Picciani PMDB
Solange Almeida PMDB

Rio Grande do Norte
Betinho Rosado DEM

São Paulo
Aline Corrêa PP
Beto Mansur PP
Milton Monti PR
Paulo Pereira da Silva PDT
Vadão Gomes PP
Valdemar Costa Neto PR

Tocantins
Eduardo Gomes PSDB
Osvaldo Reis PMDB
Vicentinho Alves PR

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=32817

Marquinho Mota
Assessoria de Comunicação - Rede FAOR
faor.comunicacao@faor.org.br
www.xingu-vivo.blogspot.com
(91) 32614334 - FAOR
(91) 8268 4457 - Belém
(93) 9142 4472 - Santarém
Pai da Iamã, da Anuã e do Iroy
Assessoria à Rádios Comunitárias
Viva o Rio Xingu, Viva o Rio
Tapajós,Vivos Para Sempre!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O QUE HÁ POR DETRAZ DO CRIME DE SUZANE Von Richthofen

Há algo de podre no ninho dos tucanos
por jpereira última modificação 23/01/2008 14:02
Colaboradores: Editorial do jornal Brasil de Fato (Ed. 256)

"http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/ha-algo-de-podre-no-ninho-dos-tucanos/?searchterm=Richthofen"

O PSDB deveria se preocupar de imediato (pois nesse caso têm todas as
informações e canais necessários) em esclarecer o caso Von Richthofen
Editorial do jornal Brasil de Fato (Ed. 256)

De acordo com o que a grande mídia se cala e o tucano esconde – mas
que acaba sempre vazando – o que se comenta por toda parte, e com
claros e fortes indícios de ser verdade, é que o cerco e a proteção
que envolvem a senhorita Suzane desde o primeiro momento resultam de
uma forte ação de personagens ligados ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB). Na verdade, essa proteção a senhorita Suzane,
visaria esconder o real móvel do crime, que se entrelaça com o modo
tucano de fazer política, com a probidade tucana.
De acordo com diversos comentaristas e fontes, o engenheiro Manfred
Von Richthofen, pai da senhorita Suzane, e na época do crime diretor
da empresa pública estadual (SP) DERSA – Desenvolvimento Rodoviário
S.A., era um dos reponsáveis pelo caixa 2 das campanhas pela reeleição
do então governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, e pela
eleição do senhor José Serra – também tucano – que disputava a
Presidência da República naquele ano (2002).
Parte do dinheiro que engrossava o milionário caixa 2 tucano teria
origem em falcatruas e desvios de verbas destinadas à construção do
Rodoanel Mário Covas. Segundo apurou o Ministério Público, o senhor
Manfred tinha um patrimônio de R$ 2 milhões, muito superior ao que
poderia ter acumulado, considerando que seu salário no DERSA era de R$
11 mil. Além disso, o senhor Von Richthofen enviava dinheiro para uma
conta na Suíça que o Ministério Público “desconfia” estar em nome do
senhor Von Richthofen e de sua filha, senhorita Suzane. Ou seja, o
móvel do crime perpetrado pela filha contra os pais seria exatamente o
dinheiro do caixa 2 tucano que estaria depositado nessa conta.
Sem dúvida alguma, um crime não legitima outro crime.
No entanto, criminosos e acobertadores de crimes não têm qualquer
legitimidade para se travestir de vestais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

Por que Serra não foi ao 1º de Maio?

Nas comemorações do Dia Internacional dos Trabalhadores, o presidente
Lula e a pré-candidata Dilma Rousseff participaram dos três principais
atos em São Paulo. Ambos foram recebidos com entusiasmo por mais de
1,5 milhão de pessoas nestas festividades, que tiveram como bandeira
central a luta pela redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.
Já o presidenciável demotucano José Serra preferiu não participar das
manifestações do 1º de Maio.

Rechaçado pelas seis centrais sindicais legalizadas no país, o
candidato da oposição neoliberal-conservadora aproveitou a data para
participar de um culto religioso organizado pela Assembléia de Deus em
Santa Catarina. O evento foi bancado pela prefeitura de Camboriú e
pelo governo do estado, ambos administrados por tucanos. Eles
destinaram R$ 540 mil para o evento, nos quais alguns pastores fizeram
orações em apoio explícito a José Serra. A mídia demotucana, que
critica tanto as centrais sindicais por receberem recursos públicos,
preferiu ocultar a doação “sagrada”.

Teste de múltipla escolha

Mas por que José Serra não foi aos atos do 1º de Maio? Afinal, como
ex-governador, ele até foi convidado oficialmente pela Força Sindical.
Para o presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o
Paulinho, a resposta é simples: “Ele tem medo dos trabalhadores”. Há
outras hipóteses e o leitor pode votar numa das cinco elencadas abaixo
neste teste de múltipla escolha:

1) Como ex-deputado na Assembléia Nacional Constituinte, em 1987/88,
ele votou contra vários direitos dos trabalhadores, segundo
levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap), e temia ser lembrado por seu nefasto passado e vaiado pelos
manifestantes;

2) Como ex-ministro de FHC, ele foi cúmplice da regressão trabalhista
promovida nos oito anos de reinado tucano, que gerou recordes de
desemprego, arrocho salarial, informalidade da mão-de-obra e
precarizaçao do trabalho. Serra, cupincha de FHC, seria lembrando por
esta tragédia;

3) Como ex-governador de São Paulo, Serra reprimiu violentamente todas
as mobilizações dos trabalhadores, como a recente greve dos
professores. Intransigente, ele nunca aceitou negociar com os
sindicatos ou com o MST. A vingança poderia ser maligna nos atos do 1º
de Maio;

4) Como candidato à presidente, o tucano representa o que há de mais
reacionário no patronato e expressa suas idéias de flexibilização
selvagem das leis trabalhistas. Será que ele teria coragem de defender
a redução da jornada de trabalho? Do contrário, tome mais vaias;

5) Todas as alternativas anteriores – e muitas outras.

Altamiro Borges.