segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fundador do WikiLeaks tenta evitar extradição para a Suécia


Caso deixe a Inglaterra, Assange pode ser julgado por crimes sexuais.

Reuters. Por Adrian Croft - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pediu nesta segunda-feira a um juiz britânico que bloqueie sua extradição para a Suécia -- onde poderia ser julgado por crimes sexuais --, argumentando que não obteria um julgamento justo e poderia ter de enfrentar a pena de morte nos Estados Unidos.

O australiano Assange, 39 anos, especialista em computação, enfureceu o governo norte-americano ao divulgar milhares de documentos diplomáticos secretos em seu site na Internet. Ele é procurado na Suécia onde duas voluntárias do WikiLeaks o acusam de conduta sexual indevida. Assange nega as alegações.

O advogado de Assange, Geoffrey Robertson, disse ao tribunal em Londres que Assange não teria um julgamento justo na Suécia, pois casos de estupro geralmente são julgados em sessões fechadas.

"Você não pode ter um julgamento justo quando a imprensa e o público são excluídos do tribunal... Existe um risco real de uma violação flagrante de seus direitos", disse ele no começo da audiência de dois dias sobre a extradição de Assange.

Em Estocolmo, autoridades suecas confirmaram que os julgamentos de estupro no país normalmente são realizados em audiências fechadas ao público.

Assange, vestido com um terno preto e uma gravata, foi aplaudido por um pequeno grupo de simpatizantes ao chegar ao tribunal de Belmarsh.

Dezenas de caminhões de emissoras de TV estavam estacionados no local e jornalistas do mundo inteiro fizeram fila para cobrir o julgamento, mostrando o forte interesse da mídia pelo fundador do WikiLeaks.

Em um documento de 74 páginas, os advogados de Assange argumentam que existe um risco de que, se ele for extraditado à Suécia, os Estados Unidos peçam sua "extradição e/ou rendição ilegal aos EUA, onde haveria o risco real de ele ser detido na Baía de Guantánamo".

Se ele for enviado aos Estados Unidos, existe o risco de "ficar sujeito à pena de morte" sob a acusação de espionagem por publicar os documentos diplomáticos.

A advogada da promotoria Clare Montgomery, disse que não há provas de que Assange corre o risco de ser extraditado aos Estados Unidos e, se isso acontecer, a Grã-Bretanha teria de dar seu consentimento primeiro.

Montgomery rejeitou os argumentos da defesa, de que promotores suecos estavam abusando do mandado de prisão europeu, que acelera o processo, porque o objetivo é apenas interrogar Assange, e ainda não foi decidido se ele será processado.

"O processo na Suécia requer um interrogatório antes que um processo formal de indiciamento possa ocorrer", disse ela.

Os argumentos para recusar o pedido são limitados, sendo baseados principalmente em verificar se a extradição iria violar os direitos humanos do suspeito ou se o mandado de prisão foi redigido corretamente.

Assange está atualmente vivendo na mansão de um conhecido, sob um tipo de prisão domiciliar, desde que um tribunal lhe concedeu liberdade sob fiança em dezembro.

O governo norte-americano está examinando se acusações criminais podem ser feitas contra Assange pela publicação de documentos diplomáticos.

A advogada Gemma Lindfield, representando as autoridades judiciais suecas, disse no começo da audiência em Londres que o caso de extradição continha alegações de quatro crimes sexuais cometidos por Assange contra duas mulheres em Estocolmo, em agosto de 2010.

Uma acusação feita pela "srta. A" é que Assange a "molestou sexualmente" ao ignorar seu pedido para que ele usasse uma camisinha ao ter relações sexuais com ela.

Outra acusação, da "srta. W", diz que Assange tentou ter relações sexuais com ela sem uma camisinha enquanto ela estava dormindo. A acusação afirma que isso representa a categoria menos grave das três classificações de estupro na Suécia, significando uma pena máxima de quatro anos na prisão.

Cuba não vê obstáculos políticos para liberar acesso à Internet



Apesar de novos cabos ópticos implantados, ainda falta investimento em infraestrutura para disponibilizar o acesso à Internet na casa dos cubanos.

Reuters. Por Rosa Tania Valdés - Cuba não vê "nenhum obstáculo político" para abrir o acesso da população à Internet, disse na segunda-feira o vice-ministro de Comunicações, Jorge Luis Perdomo, na semana em que um cabo de fibra ótica venezuelano entrará em operação e aumentará a velocidade de conexão na ilha.

No entanto, Perdomo disse que o novo cabo não será uma "varinha mágica" e que ainda falta investimento em infraestrutura para disponibilizar o acesso à Internet na casa dos cubanos.

"Não há nenhum obstáculo político... que possa deter esse processo", disse Perdomo a jornalistas ao ser perguntado se Cuba abrirá o acesso à Internet à população.

"Existe total vontade do governo... de seguir desenvolvendo o setor das telecomunicações em função do desenvolvimento econômico e social do país, incluindo as instituições, a população e todos os atores da sociedade", acrescentou ele.

Cuba tem uma das taxas de conexão mais baixas do hemisfério. O acesso à rede está restrito principalmente a funcionários do governo, acadêmicos e empresários estrangeiros.

Segundo dados oficiais, Cuba tinha 1,6 milhão de usuários em 2009, ou 14,2 para cada 100 habitantes. Mas a maioria não tem acesso pleno à Internet --somente a e-mail e a uma intranet com páginas selecionadas pelo governo.

Cuba atribui suas limitações de conexão ao embargo comercial imposto pelos Estados Unidos, que obrigou a ilha a utilizar uma ligação por satélite, mais lenta e cara do que uma conexão física.

Nesta semana, um cabo de fibra ótica de 1.600 quilômetros entre Cuba e Venezuela entrará em operação, aumentando em 3 mil vezes a velocidade de transmissão de dados da ilha.

As belezas de Foz do Iguaçu em 360 graus

Um dos locais mais lindos do mundo. São várias fotos HD e em 360 graus tiradas de vários ângulos.

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