quinta-feira, 15 de abril de 2010

II SEMINÁRIO DE ESTUDOS CRÍTICOS SOBRE EDUCAÇÃO

Saudações a todos!



O Jornal Brado Informativo, o Centro Acadêmico de Pedagogia do Ibilce

e o Grupo de Estudos Filosofia da Práxis,

tem a honra de convidar a todos para:



“II SEMINÁRIO DE ESTUDOS CRÍTICOS SOBRE EDUCAÇÃO”

Que terá como tema central:

“A situação dos professores na sociedade capitalista:

desafios, obrigações, limites e perspectivas”

Será realizado de 18 a 22 de maio de 2010

No Auditório “C” do IBILCE – UNESP de São José do Rio Preto/SP/Brasil



Informações e inscrições:

(Lembrando que as inscrições são para quem precisa de certificado de participação.

A entrada é aberta a toda população)



educritica@ig.com.br

www.bradoinformativo.blogspot.com

http://www.eventos.ibilce.unesp.br/secse/





(Abaixo cronograma completo do seminário)



I – Programação

II – Inscrição

III - Envio de resumos

IV – Certificado de Carga Horária

V – Sorteios

VI – Feira de Livros novos e usados



I – Programação



Terça, 18 de maio



18h30 às 20h Credenciamento

19h30h às 20h15 – Apresentação Grupo de Teatro Brado

Espetáculo: “Aos que virão depois de nós: é chegada a hora de tomar partido”

Adaptação de poemas de Bertolt Brecht e da obra Jesus Homem de Plínio Marcos

20h15 às 21h - Cerimônia de Abertura

Marcos Rodrigues, editor Jornal Brado Informativo

21h às 23h Conferência: “Privatização do Ensino e Proletarização dos Professores”

Prof Gilberto de Souza, membro do Instituto Latino Americano de Estudos Sócio-Econômicos/Professor rede estadual de Bauru/Conlutas



Quarta, 19 de maio

14h às 17h Mini Curso: “Classes sociais e Movimento: um debate sobre os novos movimentos sociais e a ideologia do fim das classes antagônicas no sistema capitalista”

Prof Ms. Jean Menezes, Unilago, Rio Preto

19h30 às 23h – Mesa Redonda: “Educação, Alienação e Desvalorização do Professor”

Prof Dr Valmir Pereira, FJB/José Bonifácio

Prof. Dr Antonio Rodrigues Belon, UFMS/MS, militante sindical/ANDES

Prof Dr José Luiz Vieira de Almeida, Unesp/Rio Preto



Quinta, 20 de maio

14h às 17h – Mini Curso: “A Mediação Dialética no Processo Escolar”

Profª Drª Maria Elisa Brefere Arnoni, Unesp/Rio Preto

19h30 às 23h – Mesa Redonda: “Formação de Professores”

Prof. Dr Edilson Moreira de Oliveira,Unesp/Rio Preto

Profª Drª Sueli Guadalupe de Lima Mendonça, Unesp/Marília



Sexta, dia 21 de maio

14h às 17h – Mini Curso: “Produção Artística no Capitalismo e Emancipação Humana”

Fabio Nunes, Filosofia Unesp/Marília

19h30 às 23h – Palestra I: “A Universalização do Ensino Superior em Cuba”

Profª Drª Maria do Carmo Luiz Caldas Leite, Unisantos, Santos, Presidente da Associação dos Educadores Latino-Americanos e profª da rede pública estadual

Palestra II: “Organização e Mobilização dos Trabalhadores”

Luis Carlos Prates (Mancha), Secretário Nacional da Conlutas



Sábado, dia 22 de maio

8h às 8h30 – Informações e encaminhamento as respectivas salas.

8h30 às 12h

Apresentação de Trabalhos Científicos

(As salas para apresentação dos trabalhos serão divulgadas no site na porta do auditório C)



II – Inscrições



Pessoalmente:

No saguão de entrada do IBILCE de segunda a sexta feira das 17h às 19h20.



Por email: (educritica@ig.com.br)



Enviando os seguintes dados:



Comprovante de depósito bancário referente a taxa de inscrição (ou a imagem escaneada com o nome do depositante, ou as informações do depósito) junto com:

Nome Completo

RG

Graduação

Instituição que pertence

Fones para contato

Emails

Se é aluno, professor ou outro

Se pretende ou não apresentar trabalho

(caso for apresentar trabalho, enviá-lo junto com estes dados)



Todos este dados são imprescindível para confirmar a inscrição.



Taxa de Inscrição:



Até dia 17 de maio de 2010

Graduando e alunos da pós: R$15,00

Professores e demais profissionais: R$20,00



No primeiro dia do evento, ou seja, dia 18/05:



Alunos: R$20,00

Professores e demais profissionais: R$25,00



III – Envio de resumos:



Acessar: www.bradoinformativo.blogspot.com



Neste blog estão TODAS as informações necessárias sobre as normas para envio de resumos.



Observação importante:

Não serem aceitos resumos que não vierem com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição anexado.



Eixos temáticos:



- Socialismo e Educação;

- Organização e Militância dos Educadores;

- Formação de Professores;

- Marxismo, História e Educação;

- Educação e Luta de Classes;

- Arte e Emancipação Humana;

- Políticas Públicas e Serviço Social.



Enviar os dados e o resumo para:



educritica@ig.com.br



IV – Certificados



- Todos devem se inscrever?

- Não.

- Somente quem necessita de Certificado de participação de carga horária.



Os certificados serão entregues na sexta feira, dia 21 de maio, a partir das 22h30.



Certificado de Carga Horária: 45 hrs



Importante: É necessário ter no mínimo 70% de freqüência para ter direito ao certificado de 45 hrs. Não nos interessa distribuir certificados. Nossa meta é que as pessoas assistam às palestras, mini cursos e participem dos debates. Informe-se na hora da inscrição.



V – Sorteios



Ao final dos mini cursos (quarta/quinta/sexta), haverá sorteio de livros entre o público que estiver assistindo.



VI – Feira de Livros



Haverá uma feirinha de livros novos e usados durante o evento com parte da renda destinada aos projetos e a manutenção do “Centro Cultural Brado”.



______________________________



Ainda em tempo:



Muito obrigado pela atenção e lembramos que o seminário é aberto a toda a população. As inscrições são para as pessoas que precisam de certificado de participação.



Se você é professor, aluno ou trabalhador de outras áreas, não deixe de participar. As discussões são de interesse geral de toda a população.



A sua participação é muito importante. Organizamos este seminário justamente para que o conhecimento não fique enjaulado dentro das universidades. O conhecimento historicamente acumulado é um patrimônio da humanidade e não de uma classe parasita que faz de tudo para que este conhecimento não seja difundido.



Chega de ser espectador da sua própria história! Participe!



Cordialmente,



Marcos Rodrigues

Editor Brado Informativo

A máscara “pós-Lula” do anti-Lula José Serra

Era o que faltava: agora o tucano José Serra, pré-candidato da oposição neoliberal e conservadora à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tenta vender a imagem de “pós-Lula”, em lugar do anti-Lula que sempre foi.

É um recurso de campanha que não engana e que, nas entrelinhas, revela a intenção de apresentar-se ao eleitor como uma espécie de continuidade modificada do projeto político que, sob a liderança do presidente Lula, governa o país com êxito desde 2003.

A opção retórica de José Serra deve ser atribuída ao verdadeiro “Himalaia” que é a enorme popularidade do presidente e de seu governo. Bater de frente com essa disposição da opinião pública seria um erro fatal e Serra tenta fugir desse enfrentamento saindo pela lateral e adotando o prefixo “pós”.

Mas o que esta opção significa, o que esconde? Quando insinua que em 2011 poderá se abrir uma era “pós-Lula”, Serra manifesta disposição semelhante à de Fernando Henrique Cardoso quando defendeu, no discurso de posse do primeiro mandato, em 1995, a superação da era Vargas. Na época, ele foi mais direto do que Serra, hoje, em relação a Lula. O argumento é o mesmo: são políticas que, em sua opinião, precisam ser deixadas para trás – só se ultrapassa, como indica o prefixo “pós”, aquilo que já está superado e já cumpriu o seu papel.

Esta é a afirmação que o “pós-Lula” de Serra esconde: que o projeto de Lula estaria superado e precisaria, do ponto de vista tucano e neoliberal, ser substituído por outro. Qual projeto? Serra diz que o Brasil não tem donos – esquece que tem: o povo brasileiro -, diz que não vai estimular disputas de pobres contra ricos nem vai dividir o Brasil. Que os problemas nacionais não serão resolvidos com “demagogia”, mas com “ética”, “honestidade” e “coerência”.

As palavras chave, neste ponto do discurso que pronunciou no lançamento de sua pré-candidatura, no sábado, são “demagogia” e “coerência”. A coerência com o projeto neoliberal exige mais privatizações, redução dos gastos do governo, garantia dos interesses do grande capital financeiro e uma política externa alinhada com os interesses dos EUA e outras potências imperialistas. Basta lembrar todas as críticas tucanas contra o governo desde 2003. O Bolsa Família foi acusado de “demagógico”, a pressão pela privatização do pré-sal foi intensa, as denúncias de “gastança” contra o governo foram permanentes, a condenação da política externa soberana (que defende la integração da América do Sul e busca novos parceiros mundo afora, fortalecendo o comércio exterior brasileiro) foi constante. Estes são apenas alguns pontos do programa antipopular e antinacional das forças do arcaísmo organizadas em torno da pré-candidatura de José Serra.

Mas ele não pode confessar que vai mudar esse rumo e voltar ao mesmo programa neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, em cujo governo o ex-governador paulista foi um caciques destacado.

A opção de apresentar Serra como “pós-Lula” talvez seja a prova mais candente do impasse da oposição tucana e neoliberal e sua falta de discurso. É uma tentativa ardilosa de fugir da avaliação popular do programa que aplicaram quando estiveram no governo federal e nos governos estaduais (como o próprio Serra, cujo governo em São Paulo foi marcado pela privatização de serviços sociais, como a saúde e o transporte, e pelo tratamento dos movimentos sociais na ponta do chicote).

Terão dificuldades em conseguir escapar ao caráter plebliscitário da eleição de outubro. Já tentaram uma “terceira via” com o nome da ambientalista Marina Silva, sem ressonância na opinião pública. Insistiram na comparação entre os currículos dos dois pré-candidatos principais (Dilma Rousseff e José Serra). O que vai se desenhando, entretanto, é a comparação entre os governos FHC e Lula; é a avaliação dos programas aplicados por eles.

É uma situação desconfortável para a oposição neoliberal. Como disfarçar um programa antinacional e anti-popular que está à vista de todos e cuja experiência nefasta foi feita durante os longos oito anos neoliberais de FHC? Os trabalhadores, os empresários, o povo mais pobre, conheceram nas graves dificuldades que enfrentaram os defeitos daquele programa que favoreceu somente aos muito ricos, aos detentores do capital financeiro.

Esta percepção da diferença profunda entre os dois Brasis – o estagnado de FHC e o dinâmico e vibrante de Lula – fundamenta a opção pelo continuísmo do atual projeto que governa o país e da necessidade de avançar nas mudanças. É esta percepção que leva Serra e os tucanos a usar a máscara do “pós-Lula”. Não enganam ninguém: o Brasil quer o “pró-Lula”, um projeto que tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff.