Segue abaixo um ótimo artigo que fala sobre um tipo de enfrentamento que precisamos estar atentos: a contra-informação e a manipulação da mídia conduzida pelos interesses hegemônicos, mas que algumas vezes é reproduzida até por pessoas de "boa vontade" mas desinformadas.
Fonte: http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=67813&edt=1
É certo que sempre temos que considerar o contraditório, mas eu tenho uma enorme dificuldade em entender quem teria poder suficiente para manter uma tese falsa que contraria a quase totalidade das grandes potencias mundiais (EUA, China, Japão, Alemanha, Inglaterra, Canada ...) e os multibilonários setores petrolífero e automobilístico.
Seria ótimo que os ambientalistas tivessem 10% do poder que os céticos lhes creditam, certamente não teríamos essa absurda devastação das florestas tropicais, nem a drástica redução da biodiversidade no planeta; nossos rios, aquíferos e oceanos não estariam tão contaminados; não estaríamos sendo obrigados a correr os riscos dos trangênicos; ...
É uma pena que tenhamos perder tempo com esse tipo de debate e não com propostas educativas que colaborem no enfrentamento desse gravíssimo problema sócio ambiental. Por outro lado, talvez um dos eixos necessários em processos educativos relacionados às mudanças climáticas seja exatamente a disponilização qualificada de informações sobre esse processo para que as pessoas possam construir criticamente suas opiniões e suas atítudes.
A cruzada para negar o aquecimento global
Por Ladislau Dowbor *
Não há dúvidas sobre o aquecimento global, nem sobre o peso das atividades humanas na sua geração. No entanto, depois de dois anos de uma gigantesca campanha de mídia, envolvendo também a criação de ONGs fajutas e de movimentos aparentemente “grass-root”, portanto “espontâneas e comunitárias”, e sobre tudo listagens de cientístas “céticos” visando dar impressão de “quantidade”, temos resultados, e para os grupos do petróleo, do carvão e semelhantes, terá valido a pena. Segundo a revista britânica The Economist, a proporção de americanos que achavam existir evidências sólidas de aumento das temperaturas globais caiu de 71% em abril de 2008 para 57% em outubro de 2009 (Carta Capital, 16/12/2009, página 48)
O estudo de James Hoggan (Climate cover-up: The cruzade to deny global warming) não é sobre o clima, mas sobre comunicação, e consiste essencialmente em mapear como a campanha foi montada e como hoje funciona. A articulação é poderosa, envolvendo instituições conservadoras como o George C. Marshall Institute, o American Enterprise Institute (AEI), o Information Council for Environment (ICE), o Fraser Institute, o Competitive Enterprise Institute (CEI), o Heartland Institute, e evidentemente o American Petroleum Institute (API) e o American Coalition for Clean Coal Electricity (ACCCE), além do Hawthorne Group e tantos outros. Sempre petróleo, carvão, produtores de carros, muitos republicanos e a direita religiosa.
Os grandes grupos corporativos aparecem mais discretamente, com exceção da ExxonMobil que inundou com dinheiro o mercado de consultoria e de comunicação. Este “inundou”, naturalmente, é um conceito relativo: são centenas de milhões de dólares, mas New Scientist lembra que “as empresas de petróleo têm vastos lucros. Só a ExxonMobil lucrou US$ 45 bilhões em 2008. Em um mundo sano, certamente encontraríamos uma maneira de desviar um pouco deste dinheiro para resolver os problemas que o próprio petróleo está gerando. A questão é: estamos vivendo num mundo sano?” (NS, 5/12/2010, p. 5) Não custa lembrar que estas empresas não “produzem” petróleo, e sim extraem e comercializam um bem herdado da natureza que está acabando.
Em termos de personagens, encontraremos os das causas conservadoras e muitos personagens “flexíveis”, como Frank Luntz, Christopher Walker, Fred Singer, Patrick Michaels, Arthur Robinson, Steven Milloy, Benny Peiser e numerosos outros, além da eterna estrela do “contra”, o dinamarquês Lomborg, que graças à sua disponibilidade anti-clima ganha financiamentos para incessantes palestras.
Profissionais das relações públicas (sim, o nome é este) estão sempre presentes. Hoggan, o autor deste estudo, é um profissional de relações públicas e conhece profundamente como funciona a indústria da construção e da destruição das reputações de pessoas ou de causas. Isso o levou a fazer o presente levantamento detalhado de como se estrutura, com o impressionante poder das tecnologias modernas de comunicação, a manipulação da opinião pública. Independentemente da causa, no caso o drama do aquecimento global, o que é muito interessante no livro é entender esta indústria da desinformação.
Naomi Oreskes organizou uma meta-pesquisa, com o buscador “mudança climática global”, e limitada a artigos revistos por pares (peer review). Encontrou 928 artigos, nenhum colocando dúvidas sobre a realidade do processo climático. Nos jornais, no entanto, comentando a pesquisa, 53% dos artigos, buscaram ouvir “os dois lados”, e colocaram de maneira equilibrada opiniões de contestadores. Zero porcento de artigos científicos contestadores sobre o processo climático em si, mas nos jornais aparecia como “um tema em discussão”. O que era o objetivo. O tema está em discussão, afirmam gravemente os grandes grupos geradores do aquecimento (não diretamente, sempre por meio de listas de livre inscrição), portanto o assunto “é controverso”. Os “céticos” passam a se apresentar não como contestadores do fenômeno, mas como os que têm uma visão equilibrada, sem extremismos, portanto acreditam que talvez haja um problema, mas temos de ser ponderados, e adiar decisões.
No caso de Naomi Oreskes, é curioso, pois um Dr. Benny Peiser, professor de educação física (esporte mesmo, não física), realizou uma pesquisa sobre “mudança climática” (e não “mudança climática global”) e apresentou uma lista não de 928 artigos, mas de mais de 12 mil. Portanto, os 928 representariam apenas uma pequena parcela das opiniões. Os jornais, devidamente estimulados (a Fox em particular, naturalmente), fizeram alarde. Faltava demonstrar que os 12 mil tinham opinião contrária. Pressionado por revistas científicas que se recusavam a publicar o seu artigo, Peiser conseguiu localizar 34 artigos “que rejeitam ou duvidam da visão de que as atividades humanas são a principal causa do aquecimento observado nos últimos 50 anos”. Pressionado ainda para mostrar os artigos e os argumentos científicos em artigos “peer reviewed”, Peiser finalmente chegou a um artigo científico de contestação. Não era revisto por pares, e foi publicado na American Association of Petroleum Geologists. (102)
Tudo isto, evidentemente, amplamente divulgado, em particular por redes de institutos empresariais conservadores, utilizando em parte os mesmos grupos de relações públicas utilizados nas campanhas de caça-voto dos republicanos, e apoiados nas tecnologias de ampla divulgação como youtube. O resultado de tudo? Frente a tanta celeuma, os grupos interessados puderam passar a dar entrevistas “equilibradas”, pois estaria claro que “há controvérsias”. Que era o único objetivo da campanha. Não de negar o inegável, mas de dar a entender que as pessoas comedidas, equilibradas, não vão fazer nada, e muito menos pressionar os agentes do aquecimento global.
O livro é muito instrutivo para quem lida com comunicação, com teoria dos lobbies, com manipulação política. O próprio Hoggan menciona como é cansativo, a cada vez que aparece um cientista de peso mencionado no grupo “cético”, fazer circular a carta de denegação do cientista, ou destrinchar uma lista de milhares de “opositores” para ver se há no meio alguém que realmente tenha feito alguma pesquisa sobre a única coisa finalmente relevante, que não é a “opinião”, e sim dados científicos novos que provem algo diferente. E depois tentar fazer circular a informação de que a “notícia” afinal não era notícia, isto numa mídia onde as corporações financiam a publicidade.
Uma pérola entre os argumentos e uma das mais utilizadas: “Como os cientistas dizem que podem prever o clima dentro de 50 anos se não são capazes de prever a chuva de amanhã”. Como se meteorologia e estudos climáticos fossem da mesma área. Um britânico pode não saber se vai nevar amanhã, mas sabe perfeitamente prever que vai chegar o inverno e o frio correspondente, e não hesita em comprar um casaco. Mas o argumento pega e se apoia numa fragilidade que é de todos nós: se nos dão um argumento que confirma a opinião que já estávamos propensos a ter, qualquer estribo vale.
O estudo bem poderia ser traduzido e utilizado para os nossos próprios problemas, como por exemplo o peso da bancada ruralista na opinião pública, ou as campanhas orquestradas pela Febraban, ou ainda a campanha contra a proibição de armas de fogo individuais, estribadas no “direito de se defender” e até na “liberdade”. Nos Estados Unidos, temos precedentes interessantes e igualmente desastrosos tanto no caso das armas, como na batalha das grandes empresas de saúde privada aliadas com o “Big Pharma” para tentar travar o direito de acesso a serviços de saúde, sem falar das gigantescas campanhas das empresas de cigarros.
O último livro de Robert Reich, aliás, Supercapitalim, também trata desta apropriação dos processos políticos pelas corporações. O filme O Informante mostra como isto se deu com a indústria do cigarro, enquanto The Corporation explicita o mecanismo de maneira ampla. Marcia Angell fez um excelente estudo dos procedimentos equivalentes na indústria farmacêutica (em português, A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos). A própria desinformação se transformou numa indústria. É a indústria da opinião pública.
No caso da mudança climática, como qualificar a dimensão ética do que constitui uma clara compra de opiniões? Ou os ataques impressionantes das empresas de advocacia das corporações, que processam qualquer pessoa que ouse sugerir que uma opinião poderia envolver não a verdade mas interesses corporativos? O liberalismo tem uma concepção curiosa da liberdade.
* Ladislau Dowbor, é doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da PUC de São Paulo e da UMESP, e consultor de diversas agências das Nações Unidas. É autor de “Democracia Econômica”, “A Reprodução Social”, “O Mosaico Partido”, pela editora Vozes, além de “O que Acontece com o Trabalho?” (Ed. Senac) e co-organizador da coletânea “Economia Social no Brasil“ (ed. Senac) Seus numerosos trabalhos sobre planejamento econômico e social estão disponíveis no site http://dowbor.org’
(Envolverde/O autor)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
MOÇÃO DE REPÚDIO AOS CASOS DE TORTURA EM RIO PRETO
Na metade do mês de dezembro, ao menos vinte presas do Centro de Ressocialização de São José do Rio Preto foram obrigadas a apagar suas tatuagens com álcool, cloro, removedor, solventes e cinzas de cigarro, sob ameaça de transferência para outra unidade.
Esse é mais um dos inúmeros casos de tortura e tratamentos subumanos que são aplicados pelo sistema carcerário do país. Em uma sociedade em que os presídios são feitos quase que exclusivamente para negros(as) e pobres, esses fatos evidenciam o que se esconde por trás do falso discurso da existência de cadeias como espaço de reassocialização e reintegração com a sociedade. E, principalmente, escancara a intenção de limpeza social que é aplicada pela burguesia, por meio de seu órgão repressor – a Polícia Militar e o sistema penitenciário –, contra o povo pobre das favelas e periferias.
Sabemos que nessa sociedade o conceito de crime e criminoso é diferenciado de acordo com as classes sociais a quem ele é aplicado. O conceito que nos é transmitido pela mídia e ensinado nas diversas instituições burguesas (família, escola e igreja) enquadra o crime como um problema de setores sociais bem definidos, sendo considerados criminosos, a priori, os desempregados, trabalhadores precarizados, sem-terras, moradores de favelas e negros(as), pobres em geral e de preferência jovens. Em contraposição, atos de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação, assassinatos políticos, não cumprimento das leis trabalhistas e dos direitos humanos, trabalho escravo, entre inúmeros outros cometidos por políticos, empresários, ricos, burgueses em geral, não são nem ao menos considerados crimes dentro do seu conceito mais difundido. Não à toa o ditado popular: cadeia foi feita para pobre.
A justiça atua rigorosamente sobre esses setores da sociedade e as cadeias são feitas exclusivamente para eles. Uma mesma lei é utilizada de maneira diferenciada para tratar com diferentes setores sociais, o que comprova mais uma vez, que a lei e a justiça burguesas servem única e exclusivamente para a manutenção da exploração capitalista e para a defesa da propriedade privada burguesa e da liberdade para os ricos.
Dentro da cadeia as coisas são ainda piores. Diferente de um local para reintegração com a sociedade como pregam os discursos dominantes, a cadeia é forjada para ser um local de punição – e assim o pregam os textos de políticas de segurança pública –, refletindo condições de vida piores do que aquelas que os presos tinham quando em liberdade. Como a maioria dos detentos são originários dos morros e favelas, é vendida e aceita a imagem de um presídio inóspito e cujas condições de vida sejam subumanas. A superlotação, as celas minúsculas, a falta de higiene, a má alimentação, as condições precárias de infra-estrutura e as privações básicas das condições mínimas de humanidade criam um ambiente propício para que ações de violência sejam corriqueiras e que torturas sejam praticadas pelos diretores, agentes penitenciários, delegados e policiais. No caso das detentas mulheres, os abusos são duplicados, pois contam com o “aval” de uma sociedade machista e opressora.
Não eram poucas as notícias de abusos contra os jovens nas FEBEM’s (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor) – atual Fundação CASA – que iam de torturas físicas, psicológicas até a exploração sexual de jovens e crianças. Nos presídios os abusos de poder e as péssimas condições de vida dão origem a diversas rebeliões, na maioria das vezes transmitidas pela mídia falsamente apenas como brigas de facções, sendo o caso mais conhecido o do massacre do Carandiru, no qual ao menos cem presos foram brutalmente assassinados pela polícia militar a mando do então governador Fleury Filho (PTB) e pelas mãos do coronel Ubiratan em 1992, que ficaram impunes.
A denúncia dos abusos cometidos nas cadeias e centros de ressocialização deve ser levado adiante pelos movimentos sociais e a defesa intransigente de condições de vida dignas para os detentos deve ser uma bandeira democrática assumida também pelo movimento estudantil, desmascarando essa falsa democracia e direitos humanos que apenas servem para os ricos, políticos burgueses, policiais, juízes e todo o tipo de gente que esteja do lado do poder e dos “homens do poder”.
* Basta de tortura e condições subumanas nos presídios.
* Direitos legais e humanos para as presas.
* Punição dos torturadores.
* Exoneração do diretor do presídio e de todos os responsáveis pelas torturas e maus tratos às presas.
Que os organismos de direitos humanos, centrais sindicais, entidades estudantis e personalidades democráticas e de esquerda se pronunciem contra mais essa barbaridade que já se configura como atos corriqueiros não apenas em nossa cidade, mas em todo o país.
Apoio e fonte:
DIRETÓRIO ACADÊMICO "FILOSOFIA"
GESTÃO 2010: RUPTURA
"Quebrando os muros do conhecimento. Por uma Universidade autogerida por trabalhadores, estudantes e professores. Sem privilégio de classe."
Esse é mais um dos inúmeros casos de tortura e tratamentos subumanos que são aplicados pelo sistema carcerário do país. Em uma sociedade em que os presídios são feitos quase que exclusivamente para negros(as) e pobres, esses fatos evidenciam o que se esconde por trás do falso discurso da existência de cadeias como espaço de reassocialização e reintegração com a sociedade. E, principalmente, escancara a intenção de limpeza social que é aplicada pela burguesia, por meio de seu órgão repressor – a Polícia Militar e o sistema penitenciário –, contra o povo pobre das favelas e periferias.
Sabemos que nessa sociedade o conceito de crime e criminoso é diferenciado de acordo com as classes sociais a quem ele é aplicado. O conceito que nos é transmitido pela mídia e ensinado nas diversas instituições burguesas (família, escola e igreja) enquadra o crime como um problema de setores sociais bem definidos, sendo considerados criminosos, a priori, os desempregados, trabalhadores precarizados, sem-terras, moradores de favelas e negros(as), pobres em geral e de preferência jovens. Em contraposição, atos de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação, assassinatos políticos, não cumprimento das leis trabalhistas e dos direitos humanos, trabalho escravo, entre inúmeros outros cometidos por políticos, empresários, ricos, burgueses em geral, não são nem ao menos considerados crimes dentro do seu conceito mais difundido. Não à toa o ditado popular: cadeia foi feita para pobre.
A justiça atua rigorosamente sobre esses setores da sociedade e as cadeias são feitas exclusivamente para eles. Uma mesma lei é utilizada de maneira diferenciada para tratar com diferentes setores sociais, o que comprova mais uma vez, que a lei e a justiça burguesas servem única e exclusivamente para a manutenção da exploração capitalista e para a defesa da propriedade privada burguesa e da liberdade para os ricos.
Dentro da cadeia as coisas são ainda piores. Diferente de um local para reintegração com a sociedade como pregam os discursos dominantes, a cadeia é forjada para ser um local de punição – e assim o pregam os textos de políticas de segurança pública –, refletindo condições de vida piores do que aquelas que os presos tinham quando em liberdade. Como a maioria dos detentos são originários dos morros e favelas, é vendida e aceita a imagem de um presídio inóspito e cujas condições de vida sejam subumanas. A superlotação, as celas minúsculas, a falta de higiene, a má alimentação, as condições precárias de infra-estrutura e as privações básicas das condições mínimas de humanidade criam um ambiente propício para que ações de violência sejam corriqueiras e que torturas sejam praticadas pelos diretores, agentes penitenciários, delegados e policiais. No caso das detentas mulheres, os abusos são duplicados, pois contam com o “aval” de uma sociedade machista e opressora.
Não eram poucas as notícias de abusos contra os jovens nas FEBEM’s (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor) – atual Fundação CASA – que iam de torturas físicas, psicológicas até a exploração sexual de jovens e crianças. Nos presídios os abusos de poder e as péssimas condições de vida dão origem a diversas rebeliões, na maioria das vezes transmitidas pela mídia falsamente apenas como brigas de facções, sendo o caso mais conhecido o do massacre do Carandiru, no qual ao menos cem presos foram brutalmente assassinados pela polícia militar a mando do então governador Fleury Filho (PTB) e pelas mãos do coronel Ubiratan em 1992, que ficaram impunes.
A denúncia dos abusos cometidos nas cadeias e centros de ressocialização deve ser levado adiante pelos movimentos sociais e a defesa intransigente de condições de vida dignas para os detentos deve ser uma bandeira democrática assumida também pelo movimento estudantil, desmascarando essa falsa democracia e direitos humanos que apenas servem para os ricos, políticos burgueses, policiais, juízes e todo o tipo de gente que esteja do lado do poder e dos “homens do poder”.
* Basta de tortura e condições subumanas nos presídios.
* Direitos legais e humanos para as presas.
* Punição dos torturadores.
* Exoneração do diretor do presídio e de todos os responsáveis pelas torturas e maus tratos às presas.
Que os organismos de direitos humanos, centrais sindicais, entidades estudantis e personalidades democráticas e de esquerda se pronunciem contra mais essa barbaridade que já se configura como atos corriqueiros não apenas em nossa cidade, mas em todo o país.
Apoio e fonte:
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GESTÃO 2010: RUPTURA
"Quebrando os muros do conhecimento. Por uma Universidade autogerida por trabalhadores, estudantes e professores. Sem privilégio de classe."
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